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segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Qual o significado para a Igreja, hoje, da festa do pentecoste?

Desde que a experiência do falar em outras línguas, de modo sobrenatural, começou a ser fenômeno comum em alguns grupos cristãos tradicionais, tem havido muita reação por parte dos conservadores, que não aceitam como algo normal para a atualidade, fazendo com que este assunto seja um dos mais controversos no seio da cristandade evangélica, apesar de ler nas Escrituras Sagradas que isso era algo experimentado na Igreja Primitiva.

Desde que a experiência do falar em outras línguas, de modo sobrenatural, começou a ser fenômeno comum em alguns grupos cristãos tradicionais, tem havido muita reação por parte dos conservadores, que não aceitam como algo normal para a atualidade, fazendo com que este assunto seja um dos mais controversos no seio da cristandade evangélica, apesar de ler nas Escrituras Sagradas que isso era algo experimentado na Igreja Primitiva.

Antes de qualquer explicação sobre o povo pentecostal e suas práticas, é importante ponderar na relação existente entre o Espírito Santo e o termo "Pentecostes". A maioria dos pentecostais sabe que esta palavra é de origem grega, cujo significado é "cinquenta", pelo fato deste evento ocorrer cinquenta dias após a Páscoa. Os outros nomes da cerimônia, são: festa dos primeiros frutos ou das primícias. O evento tratava-se de uma das sete festas comemoradas pelos judeus, sendo a quarta delas. As festas eram; Festa da Páscoa; Festa dos Pães Asmos; Festas das Primícias; Festa do Pentecostes; Festa das Trombetas; Expiação e Tabernáculos.

Sobre o Pentecostes no Antigo Testamento a respeito: "Contareis para vós outros desde o dia imediato ao sábado, desde o dia em que trouxerdes o molho da oferta movida; sete semanas inteiras serão. Até ao dia imediato ao sétimo sábado, contareis cinqüenta dias; então, trareis nova oferta de manjares ao SENHOR. Das vossas moradas trareis dois pães para serem movidos; de duas dízimas de um efa de farinha serão; levedados se cozerão; são primícias ao SENHOR. Com o pão oferecereis sete cordeiros sem defeito de um ano, e um novilho, e dois carneiros; holocausto serão ao SENHOR, com a sua oferta de manjares e as suas libações, por oferta queimada de aroma agradável ao SENHOR. Também oferecereis um bode, para oferta pelo pecado, e dois cordeiros de um ano, por oferta pacífica. Então, o sacerdote os moverá, com o pão das primícias, por oferta movida perante o SENHOR, com os dois cordeiros; santos serão ao SENHOR, para o uso do sacerdote. No mesmo dia, se proclamará que tereis santa convocação; nenhuma obra servil fareis; é estatuto perpétuo em todas as vossas moradas, pelas vossas gerações" - Levíticos 23.15-21.

Os sete cordeiros significavam uma oferta perfeita, total e voluntária; o novilho é o símbolo da mansidão e do serviço; e os dois carneiros uma maior convicção do sacrifício substitutivo de Cristo na cruz do Calvário.

Como o Espírito Santo desceu sobre os quase 120 irmãos que aguardavam a sua vinda, segundo a promessa feita por Jesus, no dia em que a cidade de Jerusalém comemorava o Dia de Pentecostes, tal acontecimento ganhou este apelido, identificando-se com ele apenas no calendário (Lucas 24.49; Atos 1.8; 2.1, 4). Assim, a partir do Novo Testamento, Pentecostes passou a significar  unção, capacitação, poder.

O termo mais apropriado para definir os pentecostais seria "carismáticos", por acreditarem na atualidade dos dons do Espírito Santo. Contudo, o termo já foi consagrado pelo uso, buscados e experimentados pelos "pentecostais" desde o dia em, atendendo à pregação de Pedro, houve a primeira colheira de almas para Cristo, quando três mil pessoas se converteram.

Jesus foi ungido com poder para o desempenho de sua missão, conforme anunciou o profeta: "O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados; a apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os que choram" - Isaías 61.1-2.

E.A.G.

Artigo contendo extratos resumidos, de:
Mais de 201 Respostas para o seu Enriquecimento Espiritual e Cultural, Abraão de Almeida, páginas 151 e 152, 1ª edição 2014, Rio de Janeiro (CPAD).
Teologia para Pentecostais, volume 2, Walter Brunelli, páginas 221-223, 1ª edição 2016, Rio de Janeiro, Central Gospel.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Pastor Walter Brunelli na RedeTV


O Pr. Walter Brunelli é líder da Assembleia de Deus Bereana, rua Joaquim Távora, nº 1.403, na Vila Mariana. - SP. Ele já possui em seu currículo ministerial as transmissões de televisão, acostumei a acompanhá-lo durante o meio de semana na Rede Gospel.

Foi uma grata surpresa encontrá-lo na Rede TV!, no sábado anterior e uma satisfação assisti-lo hoje, 15 de Dezembro, quando comentou sobre a previsão maia sobre o fim do mundo. Seu programa precede ao da Igreja Presbiteriana e antecede ao de Silas Malafaia.

Considero Brunelli um dos pregadores mais bem preparados à exposição da Palavra de Deus no Brasil.

Artigo paralelo: Parada Gay afronta paulistanos heterossexuais

E.A.G.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Parada Gay afronta paulistanos heterossexuais

Os dias de Parada Gay na cidade de São Paulo devem ser dias semelhantes aos das cidades de Sodoma e Gomorra, às vésperas da destruição

Antes da Parada Gay, edição de 27 de junho, um obreiro da igreja onde congrego contou que um parente dele  é cobrador de ônibus (trocador, para os cariocas).  E o dia desse evento é considerado o pior dia de trabalho de todo o ano para ele e muitos colegas de trabalho. O veículo coletivo  se enche de passageiros baderneiros, e que tanto o cobrador quanto o motorista nada podem fazer para retomar a ordem, pois existe o receio de serem classificados como homofóbicos e serem demitidos.

Hoje em dia não sinto segurança em andar com criança na Avenida Paulista.  No Parque Trianon, em qualquer horário corre-se o risco de receber galanteio homossexual ou encontrar machos se atracando , lésbicas trocando carícias publicamente.  Eles vêm de todas as partes da cidade, até de outras cidades, e encontrarem-se lá. Até penso que nas áreas dos Jardins deveriam haver bandeiras multicoloridas do  GLBT hasteadas, pois os homossexuais tomaram posse do lugar. Nos bairros nobres dos Jardins eles já se comportam como se tudo fosse deles! E agora querem a cidade inteira!

Costumo sintonizar  a Rede Gospel e assistir os programas  Assembleia de Deus Bereana quase todas as noites.  Hoje eu encontrei um Walter Brunelli  quase ensandecido, tomado de ira santa, indignadíssimo. O templo dele é nas proximidades dos bairros Jardins, sito rua Joaquim Távora, nº 1.403, na Vila Mariana.

Em sua mensagem levada ao ar hoje, o Pr. Brunelli confirmou a reclamação que eu ouvi na semana passada. Visivelmente tomado das dores de membros da sua igreja, que foram vítimas de atentado ao pudor dentro da condução coletiva, bradou  às autoridades solicitando que governem em favor de todos.  Ele denunciou que famílias de assembleianos  ao  se dirigirem ao culto com os filhos, no domingo do evento Parada Gay, tiveram o desprazer de conviver o mesmo ambiente de homossexuais fazendo sexo oral dentro de um ônibus

Walter Brunelli também relatou incidentes dentro de um Shopping Center, quando casal homossexual se beijou em uma lanchonete e dois homens acariaciaram as partes íntimas um do outro. Os clientes, um a um, se retiraram do local e só Romeu e Romeu ficaram no lugar, sob a observação de funcionários mudos, inclusive um segurança.

Os cristãos não são homofóbicos. Mas não dá para deixar situações assim serem tomadas como naturais.

Eu já acho absurdo ver casais heterossexuais na faixa etária dos 40 se beijando em novelas, porque esse tipo de relacionamento tem a ver com a adolescência, então, nem tenho palavras para cinquentões do mesmo sexo se fazendo de apaixonados incontinentes em área pública

Não é possível que as autoridades e a mídia em geral tenham olhos complacentes com esses maus cidadãos. É claro que eu não generalizo essas situações aviltantes, querendo passar a ideia que milhões de homossexuais sejam igualmente disparatados. Eu espero que os próximos eventos sejam mais civilizados.

Fica registrado meu repúdio

E.A.G.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

As características dos anjos - o estado incorpóreo dos seres angelicais

É compreensível haver interesse em saber sobre os anjos, perguntar que tipo de criaturas são eles, pois a Palavra de Deus nos informa que eles são seres que nos rodeiam e foram formados pelo Senhor de maneira diferente da raça humana.


Através do estudo bíblico, é possível encontrar respostas sobre as características deles, e até encontrar razões que nos motivem a manter firme nossa fé em Jesus Cristo.

As Escrituras esclarecem que Deus é o Criador do que é visível e também do que é invisível: “Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele” - Colossenses 1.16.

Em Hebreus 1.14, encontramos a revelação que os anjos são seres espirituais, enviados para servir aos que hão de herdar a salvação. Ou seja, eles não são composto de matéria, não têm corpo visível aos olhos humanos, e não ocupam espaço material.

Mas, embora os anjos sejam invisíveis e sem matéria, temos relatos bíblicos de episódios em que eles agiram no espaço físico, sendo visualizados pelos seres humanos. Eles puxaram Ló e sua família para fora de Sodoma (Gênesis 19.10,16); na manhã da Páscoa um anjo rolou a pedra que barrava a entrada do sepulcro onde o corpo de Jesus esteve por três dias (Mateus 28.2); um anjo entrou na prisão onde Pedro estava detido e o libertou das cadeias e abriu todas as portas que o mantinham preso (Atos 12.7).

Traços que caracterizam os anjos: são seres poderosos (Salmo 103.20; 2ª Tessalonicenses 1.7, 2ª Pedro 2.10-11); dóceis (Juizes 6.22-23; Lucas 1.30); santos (Mateus 25.31; Marcos 9.38; Lucas 9.26; Atos 10.22); inteligentes ( 2º Samuel 14.17,20); reverentes (Isaías 6.2); obedientes a Deus (Salmo 103.20-21; Mateus 6.20; 1ª Pedro 1.12); e, festivos (Jó 38.7; Lucas 2.13; 15.10).


Ao tocar no tema "caracteristica dos anjos", é importante dizer também o que eles não são.

• A descrição dos gnósticos sobre os anjos não está de acordo com as Escrituras Sagradas.

A cabala, a astrologia, a terapia holística, a numerologia, as ciências ocultas, a tarologia, quando falam sobre quem são e quais são as missões de seres angelicais deturpam todo o conteúdo bíblico sobre o assunto. Todos os cristãos, ao se envolverem com o tema angeologia, devem centrar pesquisa em fontes bíblicas.

Segundo a Bíblia, os anjos atuam de maneira diferente de todas as informações que são passadas pelo movimento Nova Era.


• Os anjos não são agentes intercessores entre Deus e os homens (João 14.13; Atos 4.12; 1ª Timóteo 2.5).

Ao orar, o cristão deve remeter sua súplica a Deus, em nome de Jesus Cristo. Jamais deveremos invocar ou recorrer aos anjos pedindo soluções. Eles são ministros de Deus e agem de acordo com as orientações e autoridade dEle.

Os anjos não devem ser adorados (Mateus 4.10).

Nas Escrituras Sagradas, todas as ocasiões em que encontramos relatos de relacionamentos entre anjos e seres humanos, eles sempre foram respeitados por representarem a Deus, jamais foram adorados.

E.A.G.
__________


Artigo criado com a intenção de servir como subsídio às classes bíblicas que fizerem uso da revista Lições da Palavra de Deus; ano 6, nº 26. Comentários de autoria do Pastor Walter Brunelli, com o tema Anjo, Mensageiros de Deus (Editora Central Gospel). Texto dirigido à lição nº 3: As características dos anjos.

O conteúdo está liberado para cópias, desde que citados o nome do autor e o link (HTML) do blog Belverede.

terça-feira, 13 de julho de 2010

O que a Bíblia fala sobre anjos, arcanjos, querubins e serafins

Não existe uma exposição bíblica específica sobre angeologia. Toda abordagem sobre este tema é em forma de estudo sistemático, com uso de paralelismo hermenêutico de tópicos, ou seja, através da interpretação de textos paralelos.

Na figura ao lado, o anjo anuncia aos pastores o nascimento de Jesus Cristo. Diferente do imaginário popular retratado nesta imagem, na Bíblia Sagrada não existe o relato da existência de anjos na faixa-etária infantil.

Os anjos seguem ordens hierárquicas (Colossenses 1.16)


Deus se mantém no céu, é o Soberano, o Criador de todas as coisas.

Na questão dos anjos, está revelado que eles foram criados antes do mundo que conhecemos e vivemos, eles são em número incontável e que existe entre eles uma hierarquia estabelecida por Deus (Jó 38.6-7; Hebreus 12.22).

As classes conhecidas de anjos seguem o plano divino de autoridade. A classificação é: arcanjos, querubins e serafins.

Segundo Colossenses 1.16 e 1ª Pedro 3.22, a organização angelical segue uma hierarquia distinta em cinco principais representações: tronos (thrónoi); domínios (kyrioótetes); principados (arkai); potestades (exousiai) e poderes (dynámeis). Essa classificação refere-se à esfera do governo, com a finalidade de distingui-los dos demais anjos que somam exércitos e atuam diante de Deus, do Universo e do ser humano, em particular.

Na organização dos anjos, a Bíblia fala mais: primeiros príncipes (Daniel 10.13); anjos da guarda de todos e de crianças (Hebreus 1.14; Mateus 18.10); e, anjos eleitos (1ª Timóteo 5.21).

O princípio de autoridade que Deus criou sofreu uma tentativa de rebelião, por parte de Satanás, diante do fracasso o mesmo foi precipitado do céu (Ezequiel 28.1).

• Os anjos Miguel e Gabriel

Entre os anjos, apenas dois são citados nominalmente, Gabriel e Miguel. O fato de haver a revelação apenas de dois nomes não dá margem para crer que os outros anjos não tenham os seus.

Os anjos têm intelecto, emoções e vontade, ou seja, uma personalidade, um indício de que cada um deles tenham nomes próprios (1ª Pedro 1.12; Lucas 2.13; Judas 6).

Gabriel significa poderoso, herói de Deus. E Miguel é uma variante de Miqueias e Micaías, e significa “quem é como Deus?”. Não nos é revelado o porquê deste significado, mas ponderamos que seja em oposição às disposições hostis de Satanás, que tentou ser igual a Deus (Isaías 14.14).

Miguel é descrito como arcanjo, o anjo patrono e guardião do povo de Israel, que lutou contra o diabo (Daniel 10.13, 21; 12.1; Judas 9; Apocalipse 12.7).

Na Bíblia, Gabriel não tem classificação definida. Não temos a informação que ele seja um arcanjo, querubim ou serafim. Foi portador de mensagens muito especiais (Daniel 8.16; 9.21; Lucas 1.19, 26). Porém, no livro de Tobias, um apócrifo, ele está arrolado como um dos sete arcanjos que estão na presença de Deus.

• Arcanjos

O termo “arch” quer dizer “sumo”, “chefe”. Trata-se de uma categoria de anjos que exercem função superior aos demais, a expressão designa algum poder altíssimo. Em todo o Novo Testamento, ele aparece apenas em Judas 9 e 1ª Tessalonicenses 4.16.

Existe uma corrente de estudiosos da Bíblia que alegam haver apenas um arcanjo, que é Miguel. Mas, embora haja apenas uma citação bíblica, o contexto das Escrituras dá a entender que hajam outros.

No dia do arrebatamento o Senhor será acompanhado dos arcanjos: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus” - 1ª Tessalonicenses 4.16. Se houvesse apenas um arcanjo, a preposição viria articulada “do” arcanjo, porém a preposição é “de”, passando a ideia que haja mais de um. Pode-se observar isso no idioma original.

Os “principados” (Colossenses 1.16), para os escritos pós bíblicos são tipos de arcanjos. As explicações judaicas dadas sobre este tema indicam que tais anjos têm sob suas ordens, vasto número de seres angelicais. Naturalmente, todos estão sujeitos a Deus.

No livro de Daniel, Miguel é citado como “um dos primeiros” e mencionado por Gabriel (10.13, 21). Na carta de Judas, ele é citado para disputar o corpo de Moisés (versículo 9), em Apocalipse ele aparece acompanhado de outros anjos lutando contra Satanás (12.7).

O livro de Enoque, apócrifo, dá o nome de sete arcanjos, a saber: Uriel, Rafael, Raquel, Saracael, Miguel, Gabriel e Remiel. Segundo é dito ali, a cada um deles Deus entregou uma província sobre a qual reina. Os livros apócrifos não são considerados inspirados pelo Espírito Santo.

• Os querubins

O vocábulo querubim ou querubins, acha-se pela primeira vez em Gênesis 3.24. Tem raiz no verbo “querub”, que significa “guardar”, “cobrir”, “proteger” e, também, “celestial”. A palavra “querubim” não ocorre no grego secular; é uma transliteração do hebraico, ou aramaico, e daí a variedade de terminação no plural.

Eles representam a classe dos adoradores, tanto pela função quanto pela aparência de animais. São associados ao trono de Deus e mencionados tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Cogita-se que o Criador honre a criação animal por intermédio deles.

No Salmo 18.6-10, Davi escreveu em seu cântico que angustiado clamou ao Senhor e Ele desceu cavalgando sobre um querubim e voou, deslizando sobre as asas do vento.

Os querubins constituem uma ordem muito elevada entre os anjos. Eles exercem a função de guardiões. Quando o homem pecou, o Senhor fechou o jardim do Éden, e, para protegê-lo, pôs um querubim e uma espada flamejante ao oriente e ocidente (Gênesis 3.24).

Sem nenhuma conotação com a idolatria, Deus ordenou que se pusessem na tampa da arca da aliança, o propiciatório, estátuas de dois querubins feitas em ouro, voltadas uma de frente para a outra (Êxodo 25.17-18; 2º Reis 19.15; Salmo 80.1). Não era para idolatrá-los, apenas o sumo sacerdote, uma vez ao ano, entrava no local onde a arca estava para fazer o cerimonial de expiação pelo povo.

Salomão também usou a figura de dois querubins de madeira, revestidos de ouro, como ornamento na construção do templo (1º Reis 6.23-28).

Os querubins têm definições de aspectos variados. Podem ter rosto de águia, de touro e de homem. Às vezes aparecem descritos como “cheios de olhos”, com quatro asas e em outras com seis (Ezequiel 10; 16; Apocalipse 4.8). Em outra situação, têm a aparência dos serafins (Ezequiel 1.10; Isaías 6.2; Apocalipse 4.7).

O profeta Ezequiel descreve as plantas dos pés dos querubins como de uma bezerra, têm quatro cabeças, sendo que seus pés seguem em direção para onde suas cabeças olham (1.7; 10.11-12). O profeta ainda revela que rodas são movidas pela força desses anjos (10.16-17).

A expressão “zoon”, encontrada no livro de Apocalipse (4.6-11) significa “o que vive”. Diferente de “therion”, que significa “uma fera”. Os querubins não devem ser considerados animais, e, sim, criaturas viventes.

Antes de sua queda, Satanás era um querubim ungido (Ezequiel 28.14,16). Andava no meio de pedras afogueadas (Ezequiel 28.13,14). Como os outros querubins, Satanás é representado na Bíblia pela figura de animais: a serpente no jardim do Éden, e nos livros de Isaías e Apocalipse como um mitológico grande lagarto, um dragão (Gênesis 3.1-6; Isaías 27.1; Apocalipse 12.9; 20.2).


Descobertas arqueológicas na Palestina têm trazido alguma luz às representações antigas dos querubins. Em Samaria, painéis de marfim apresentam uma figura composta com um rosto humano, corpo de animal quadrúpede, e duas asas elaboradas e vistosas.

• Os serafins

O vocábulo “serafim” deve vir da raiz hebraica “sarafh”, cuja raiz primitiva queria dizer “consumir com fogo”. Hebraístas a traduzem como “queimadores”, “ardentes”, “brilhantes”, “refulgentes”, “amor”, “nobres”.

Apenas na chamada ministerial de Isaías é que encontramos os serafins destacados. Segundo a visão do profeta, eles são agentes de purificação pelo fogo, têm forma humana, apesar de possuírem seis asas. Veja: Isaías 6.1-7.

Na classe dos anjos, os serafins desempenham função no coro celestial, entoando “Santo, Santo, Santo”, incessantemente. Intérpretes bíblicos afirmam que o louvor seja dirigido ao Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, à Trindade, considerando o “nós”, encontrado em Isaías 6.8.

Eles são a classe que menos está mencionada na Bíblia.


E.A.G.

A inspiração divina e a autoridade da Bíblia
A criação dos anjos e a doutrina da predestinação
Anjos, mensageiros de Deus
Aprendei a parábola da figueira
As setenta semanas de Daniel
Na hora da raiva a regressão ao baixo nível da carnalidade reaparece em sua reação?
Maria, mãe de Jesus: uma mulher humilde
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O texto está liberado para cópias, desde que citados o nome do autor e o link (URL) do blog Belverede.

Artigo escrito com a intenção de auxiliar nas lições da revista Lições da Palavra de Deus - Anjos; Mensageiros de Deus, cujo comentarista é o Pr. Walter Brunelli (Editora Central Gospel).


Consultas: Novo Dicionário da Bíblia (Edições Vida Nova); Os Anjos - Sua Natureza e Ofício (Severino Pedro da Silva - CPAD); Bíblia de Estudo Almeida (notas e dicionário - 1ª edição - SBB); A Bíblia Anotada Expandida, de Charles C. Ryrie (apêndice Um Resumo da Doutrina Bíblia, páginas 1287 e 1288, 1ª impressão - 2007 - Editora Mundo Cristão).

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Angeologia: estudo bíblico sobre os anjos

Este blogueiro se propõe a criar uma fonte para estudos sistemáticos sobre os anjos.

Tomamos como referência principal a revista Lições da Palavra de Deus - edição do professor - ano 6, nº 26, comentários de autoria do Pr. Walter Brunelli (Editora Central Gospel).

Não faremos cópias literais das lições, serão apenas compilações. Propomos lançar um artigo por semana, sendo o conteúdo total 13 lições.

Nosso objetivo é contribuir com os seguidores desse blog e com a cristandade em geral, que acessa o blog sem nenhum vínculo conosco.

Ore por nós para que Deus nos guie neste propósito de exposição bíblica.

Conheça a biografia de Walter Brunelli, o pastor que faz os comentários da revista:

• Bacharel em Teologia pela Faculdade de Teologia Metodista Livre, São Paulo.
• Bacharel em Teologia pela EST - Escola de Teologia Luterana de São Leopoldo, RS.
• Mestrando em Ciências da Religião pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.
• Presidente do Ministério IDE - Instituto de Discipulado por extensão, presente em 17 países.
• Vice-Presidente da APEL - Academia Paulista Evangélica de Letras.

Os artigos:
3 - As características dos anjos | O estado incorpóreo dos seres angelicais
4 - A natureza dos anjos
5 - O limite dos anjos
6 - As atividades dos anjos
7 - Os anjos do Senhor
8 - As autoridades angelicais
9 - O estado original de Lúcifer
10 - A queda do anjo maior
11 - Os anjos decaídos
12 - Outra classe de anjos maus
13 - Os anjos nos eventos apocalípticos



E.A.G.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

ANJOS - MENSAGEIROS DE DEUS

Angeologia:
A doutrina dos anjos, evidencia-se ao longo de toda a Bíblia. Os anjos são mencionados 108 vezes no Antigo Testamento e 165 vezes no Novo Testamento.
Os estudos dos anjos são interessantes, não podemos nos esquecer que as Escrituras têm muito a dizer; o tema está relacionado com a Teologia Sistemática.
Mais do que nunca os crentes precisam conhecer bem esta doutrina para se protegerem das heresias que a cercam e de ter conteúdo suficiente para esclarecer os que estão confusos. A matéria deve ser apreciada pelos crentes à luz da Palavra de Deus e reforçada por bons livros, por ser matéria de âmbito teológico e não devocional.
No primeiro século da era cristã houveram algumas heresias no meio cristão sobre os anjos. As principais tiverem origem entre os gnósticos. O gnosticismo foi uma corrente filosófica que se infiltrou na Igreja trazendo ensinamentos errados que foram combatidos pelos apóstolos João e Paulo. Sobre os anjos, os gnósticos ensinavam que eles eram seres intermediários na relação entre o homem e Deus, e por isso deviam ser adorados (Colossenses 2.18).
É importante conhecer o assunto, só assim somos capazes de refutar ensinamentos espúrios.
Descrição
A palavra “anjo” é a transliteração do grego “angelos”, e significa mensageiro. No hebraico é “mal'ak. A palavra no original, tanto no grego quanto no hebraico, refere-se, às vezes, a mensageiros humanos, como em 1º Reis 19.2; Lucas 7.24; Apocalipse, capítulos 2 e 3.
Os anjos celestiais existem. São entes sobrenaturais. Foram criados por Deus e são enviados por Ele como mensageiro aos homens para executar Sua vontade (Hebreus 1.14; Daniel 7.10; Salmo 91.11).
Em Apocalipse 5.11 é revelado que eles rodeiam a Deus e em Salmos 148.2 que eles constituem o Seu exército. Eles são seres finitos, sujeitos a tentação, pois sabemos de anjos decaídos no serviço de Satanás (Mateus 25.41; Apocalipse 12.7, 9). Estão sempre ativos tanto no serviço de Deus no céu como também a seres terrestres (Salmo 8.5; 104.4; Hebreus 1.14; 2.7).
Nos livros canônicos são apresentadas diversas categorias de anjos. É mencionado o nome pessoal de alguns deles: Gabriel (Daniel 8.16; 9.21; Lucas 1.19,26) e Miguel (Daniel 10.13, 21; Apocalipse 12.7) tambem denominado “arcanjo” (Judas 9), isto é, “chefe dos anjos”. Encontramos também a classe querubim (Salmo 80.1); e, serafim (Isaías 6.2-7).
Sabemos, também, pelas Escrituras, que há duas classes de anjos: os bons, que obedecem à vontade de Deus e estão a serviço dos santos (Hebreus 1.14), e os maus, que recebem ordens de Satanás (Efésios 6.12).
O serafins mencionados em Isaías 6.2 e e os querubins mencionados em Ezequiel 1.6 têm asas, fato esse que também se verifica no caso de Gabriel (Daniel 9.21) e do anjo do Apocalípse (Apocalípse 14.6). Em Hebreus 1.14, diz-se que eles são espíritos ministradores de Deus (Marcos 12.25).
Os anjos que estão submissos diante de Deus são superiores aos homens, porque não se rebelaram.
Manifestação
Houveram várias manifestações angelicais nos tempos bíblicos, tanto no AT como no NT. Eles foram vistos no passado e ainda, eventualmente o são, até hoje.
Os anjos geralmente aparecem na figura de homens (Gênesis 18; Atos 1.10) e, algumas vezes, revestidos de glória (Daniel 10.5,6 e Lucas 24.4).
Por causa da sua natureza espiritual, são imateriais (Hebreus 1.7, 13, 14). Então, em geral, não são normalmente vistos, exceto por capacidade sobrenatural, concedida, excepcionalmente, a alguns (Números 23.31; 2º Reis 6.17; Isaías 6.1-3; Lucas 2.8-20; Atos 27.23).
Função
Pouco se acha dito pormenorizadamente acerca de suas ações. Sabemos que eles vieram a existir para obedecer ordens de Deus.

A princípio, os anjos são mensageiros de Deus que, em nome deste, guiam, orientam, protegem, fortalecem, avisam, repreendem e punem os seres humanos. Mas, o ministério deles que mais sobressai no Antigo e no Novo Testamento são as ações de ajudar e proteger (Salmo 34.7; 91.11, Atos 12.7-10).
Anjos e os homens
Os anjos não devem ser adorados; mas respeitados. Jamais devem ser objetos de zombaria ou desprezo. No meio evangélico observam-se dois extremos: alguns estão enfatizando os anjos, dando a eles posição indevida, outros, não querem, sequer, falar do assunto.
Assim como os homens, os anjos foram criados por Deus. A diferença entre anjos e homens é que o Criador fez a raça humana a partir de um casal e deu a ela a capacidade da reprodução. Os anjos foram criados irreprodutivos, foram criados um a um. O número de anjos não é acrescido e nem diminuído (Colossenses 1.6). E eles não possuem dependência genética como o homem (Romanos 5.12).
E.A.G.
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Artigo criado com a intenção de servir como subsídio às classes bíblicas que fizerem uso da revista Lições da Palavra de Deus; ano 6, nº 26, cujos estudos são de autoria do Pastor Walter Brunelli, com o tema Anjo, Mensageiros de Deus (Editora Central Gospel).
O presente artigo possui texto compilado de: Pequeno Dicionário Bíblico Orlando Boyer - 19ª edição; 1992 - (Editora Vida); Dicionário Bíblico Universal Buckland/Williams - 2ª edição; 2007; Dicionário Almeida (apêndice Bíblia de Estudo Almeida 1ª edição - SBB); Conciso Dicionário Bíblico Ilustrado (apêndice da Bíblia editada pela JUERP - 12ª edição; 1983).